Leia e copie em seu caderno. (atividades 8º
ano)
O QUE É DISSERTAÇÃO?
Dissertação é um texto que se caracteriza pela
exposição, defesa de uma idéia que será analisada e discutida a partir de um
ponto de vista. Para tal defesa o autor do texto dissertativo trabalha com
argumentos, com fatos, com dados, os quais utiliza para reforçar ou justificar
o desenvolvimento de suas idéias.
Dissertar é, por meio da
organização de palavras, frases e textos, apresentar ideias, desenvolver
raciocínio, analisar contextos, dados e fatos. Neste momento temos a
oportunidade de discutir, argumentar e defender o que pensamos utilizando-se da
fundamentação, justificação, explicação, persuasão e de provas.
Organiza-se, geralmente, em três partes:
· Introdução - onde você explicita o assunto a
ser discutido, com a apresentação de uma idéia ou de um ponto de vista que
pretende defender.
· Desenvolvimento ou argumentação - em que irá
desenvolver seu ponto de vista. Para isso, deve argumentar, fornecer dados,
trabalhar exemplos, se necessário.
· Conclusão - em que dará um fecho coerente com
o desenvolvimento e com os argumentos apresentados. Em geral, a conclusão é uma
retomada da idéia apresentada na introdução, agora com mais ênfase, de forma
mais conclusiva, onde não deve aparecer nenhuma idéia nova, uma vez que você
está fechando o texto.
· O texto dissertativo argumentativo destina-se
ao chamado "leitor universal", ou seja, a qualquer pessoa que tenha
acesso a ele. Devem ser textos abrangendo conceitos amplos, genéricos, evitando
particularizar situações. As construções mais adequadas, procurando evitar-se a
1ª pessoa do singular, seriam:
"Notamos
que grande parte dos brasileiros..."
"Observa-se
que uma parcela da população..."
Atividades
Forme dupla com seu colega e escrevam em seus cadernos uma
conclusão para os textos abaixo:
Somente escreva a conclusão no caderno.
Texto
1
O analfabetismo e a não-cidadania
O analfabetismo é o desconhecimento do alfabeto, é a
incapacidade de ler e/ou escrever. É um dos grandes problemas da maioria dos
países, principalmente os subdesenvolvidos, que sofrem bastante com altos
índices de pessoas que não têm acesso a bens culturais.Entre as causas do
analfabetismo pode-se destacar o desinteresse da classe política e entre as
conseqüências a desestrutura da sociedade.
Os políticos corruptos, infelizmente numerosos, aproveitam-se da
situação de analfabetismo da população que não exige punições contra eles, por
não saberem se posicionar e lutar contra as atitudes que estão fora da lei.
Para a classe política, nunca foi prioridade investir em educação. Somente 5,8%
do PIB do Brasil, por exemplo, é aplicado em educação, enquanto países
desenvolvidos investem 15% do seu PIB.
Assim, porque o acesso à escola é difícil, quando estudar
deveria ser de grande importância, não o é. Só a educação abre melhores
possibilidades de trabalho e de cidadania, uma vez que o conhecimento dá ao
indivíduo as ferramentas para lutar pelos seus direitos e a compreensão da
extensão de seus deveres. Além disso, dá-lhe oportunidades no meio cultural.
Ser uma pessoa alfabetizada vai além de saber ler ou escrever, uma vez que
favorece o desenvolvimento econômico e estrutural da sociedade.
Conclusão:
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Texto
2 Expositivo
Quem são os analfabetos no Brasil?
O analfabetismo não é só o desconhecimento do alfabeto e a
incapacidade de ler e/ou escrever. A compreensão desse estado vai além,
destacam-se: o iletrismo, o analfabetismo funcional e o analfabetismo
tecnológico.
O iletrismo é um tipo de analfabetismo muito comum na sociedade.
É a falta de compreensão da leitura. Esse problema atinge todas as classes
sociais. Lê-se, mas não há a decodificação da mensagem. No Brasil, esse
problema é muito comum por causa do empobrecimento conjunto da população e dos
sistemas educacionais.
Pode-se dizer que o analfabetismo funcional é um outro tipo de
analfabetismo bem comum. Constitui um problema silencioso e perverso que
afeta as empresas. Não se trata de pessoas que nunca foram à escola. Elas sabem
ler, escrever e contar; chegam a ocupar cargos administrativos, mas não
conseguem compreender a palavra escrita. Mesmo tendo aprendido a decodificar a
escrita, geralmente frases curtas, não desenvolvem a habilidade de
interpretação de textos. Esse tipo é normalmente usado para ser um meio termo
entre o analfabeto absoluto e o domínio pleno da leitura e escrita.
Já o analfabetismo tecnológico é um dos tipos mais recentes. Há
lugares no Brasil em que 88% da população não possuem internet. Resolver esse
tipo de analfabetismo é mais complexo, pois já basta o problema de milhões de
pessoas não saberem ler nem escrever. Vários projetos governamentais tentam
diminuir esse índice, mas vários fatores não contribuem, como os preços das
redes de internet e/ou computador e muitos locais não possuírem acesso a
energia piorou internet (como a Amazônia, ou o Sertão Nordestino)
Conclusão:
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Leia o texto em que os parágrafos aparecem fora de ordem e
numere para que eles fiquem na ordem
lógica. OBS: Copie em seu caderno.
O pão nosso
( ) Seus sinais estão,
por exemplo, no melhoramento das cidades em plena crise da administração
federal, no basta à corrupção e no movimento pela ética na política, na
emergência de movimentos em favor da mulher, da criança ou na ecologia, no
anti-racismo. São antídotos contra a cultura autoritária que sempre ditou a
receita do desastre social. Eles estão na confluência de duas tendências. Parte
da elite não quer viver no apartheid sul-africano. E cada vez mais pobres querem
sua cota de cidadania. Essa maré vai empurrando a democracia da sociedade para
o Estado, de baixo para cima, dos movimentos sociais para os partidos e
instituições políticas.
( ) É nela que eu hoje
acredito. E, por causa dela, encontro-me outra vez com a velha questão que me
levou à militância política: o que fazer com a miséria? Aceitá-la a título
provisório? não dá; aquilo que produz miséria simplesmente não pode ser aceito.
A condenação ética da miséria passou a ser a luta contra a miséria para conquistar
a democracia.
( ) Pode haver revolta.
Mas é improvável que o caminho da mudança no Brasil seja aberto com explosões
sociais. A energia que pode ser usada agora para fazer um futuro diferente está
aparentemente, em outras fontes de transformação. Porque há mudança no Brasil.
Ela não corre, mas anda. Não corre, mas ocorre.
( ) É preciso começar
pela miséria. Essa é a energia da mudança que move a Ação da Cidadania contra a
Miséria e pela Vida, revelada na adesão de pessoas de todas as classes sociais,
idades, tendências políticas e religiosas, parlamentares e prefeitos, empresas
públicas e privadas , artistas e meios de comunicação e, sobretudo, na adesão
de jovens à tarefa de recolher e distribuir alimento. Essa juventude está
descobrindo o gosto de romper o círculo de giz da solidão e abrir o espaço
fecundo da solidariedade. Esse mesmo gosto que há quarenta anos se reservava à
militância.(Hebert de Souza in.Veja 25 anos Reflexões para o futuro)
Beijocas.